domingo, 27 de julho de 2008

Criados para adorar

Pintura Maneirista: Adoração dos Pastores - Jacopo da Ponte

Nós, seres humanos, somos adoradores por natureza e se não adorarmos a Deus, adoramos a alguém ou algo que Ele criou, quer sejam concretas, abstratas ou inanimadas. Entretanto, não rendendo adoração ao Criador, a quem ou o que estamos adorando? Sabendo que, a adoração é um subproduto de transformação de vidas, a qual Cristo realiza em nós todos os dias, se não o adoramos, logo, não estamos sendo transformados por Ele.
É necessário salientar, que Adoração diz respeito a relacionamento, intimidade, e quando estabelecemos este vínculo com Jesus, a transformação de nossas vidas acontece dia após dia. Infelizmente, a nossa concepção acerca de adoração tem sido limitada a momentos em sua presença, canções que cantamos, emoções que sentimos, mas uma vida de adoração consiste em rendição incondicional a Jesus, uma entrega completa e permanente a Ele. O fato é que Jesus, nos convoca a sair da superficialidade de quem apenas ouviu falar, para nos levar a intimidade de quem anda todos os dias em sua presença.
Que deixemos de viver apenas momentos prosseguindo para o caminho de uma vida integralmente consagrada a Jesus, conhecendo-o e adorando-o mais e mais, embalados por sua graça, seu amor e sua doce palavra.
Porque Dele, e por meio Dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois a glória eternamente. Amém! Rm11: 36.

Autor: Jeander Junio Raimundo


Pintura: Adoração dos Pastores - Caravaggio (1609)

terça-feira, 22 de julho de 2008

JOSUÉ (Javé é Salvação)


Batalla de Josué contra los Amorreos Autor: Nicolas Poussin - 1625

Josué, um homem de fé e temente a Deus. Foi um dos dois escravos que saíram do Egito e entraram na Terra Prometida (o outro foi Calebe), foi, junto com outros homens (um de cada tribo), espionar a terra e trazer informações sobre ela, porém estes lamentaram e não creram no poder de Deus, dizendo que a terra era boa, mas existiam cidades fortificadas e gigantes! Porém Josué e Calebe foram os únicos que acreditaram em Deus e na Sua promessa! Com este episódio de dúvidas e descrença na Palavra de Deus, todos que saíram do Egito morreram no deserto, ao longo dos 40 anos de peregrinação, exceto JOSUÉ E CALEBE (Dt 1:19-40).
Josué foi o sucessor de Moisés, ele seguiu as orientações que Moisés lhe deu:
“O Senhor é quem vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te atemorizes.” (Dt 31:8)
Em sua caminhada com o povo de Israel, Josué enfrentou vários obstáculos, e foi vitorioso em todos, pois confiava em Deus e seguia Suas ordens.
O primeiro obstáculo encontrado por Josué foi o RIO JORDÃO, sua travessia. Assim como Moisés, ele creu e ordenou ao povo que seguisse enfrente, e todo o povo atravessou o Rio Jordão (numa época de cheia!) a seco, as águas foram abertas para o povo passar, para a nova geração dos filhos de Deus.
O segundo obstáculo foi o COMANDO DAS TROPAS, Josué comandou cerca de 40.000 homens de guerra, com sabedoria e obediência a Deus (Js 3 e 4), estes homens eram nômades, nasceram, cresceram e aprenderam a guerrear no deserto, ouviam seus pais murmurarem e lamentarem, e os viu morrer no deserto, que estímulo teriam? Seu comandante os guiou com sabedoria, pois era guiado por Deus.
O terceiro obstáculo foi a CONQUISTA DE JERICÓ, uma cidade fortificada com muralhas grandes, que estava fechada sem ninguém sair ou entrar (pelo receio dos filhos de Israel), como derruba-la? Josué seguiu o que Deus ordenou e foi vitorioso!
O quarto obstáculo enfrentado por Josué foi a MENTIRA dos moradores de Gibeão, que fizeram uma aliança com Josué, para que não fossem atacados, mentindo que eram de uma terra distante e que seriam seus servos, Josué descobriu a mentira, porém Josué teve compaixão daquele povo, e não os destruiu, a ainda os ajudou a combater 5 reis que pelejaram contra eles.
No fim de sua vida, Josué reafirma sua aliança com Deus dizendo ao povo: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15). Josué despediu o povo, cada tribo de acordo com sua herança prometida, e depois morreu, com 110 anos.
Josué foi um servo fiel e temente a Deus por toda sua vida, passou por provações e tribulações, porém venceu a todas, com fé!
Quais são os obstáculos que você tem enfrentado? Será tens olhado para o lado e não seguido enfrente, com medo das águas não abrirem? Será que o comandante de sua vida não tem sido Cristo? Você não tem tido conquistas pois não tem seguido as orientações de Deus para sua vida? Está faltando compaixão na sua vida? Seja qual for o obstáculo que você tem que transpor, lembre-se das palavras ditas por Moisés à Josué... e vá enfrente! Siga-O e não desanime!

Ricardo Delfini Perci




sexta-feira, 18 de julho de 2008

ATENÇÃO JOVENS MULHERES DA IBNCU.

O Estudo do Livro "Uma Jovem Mulher Segundo o Coração de Deus" reiniciará sábado dia 26 de julho de 2008 as 15h00 na Igreja.
Avise suas amigas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Evangelho de Amenidades da Pós-Modernidade.






















Atualmente tem se pregado algumas amenidades como se fosse o verdadeiro evangelho, não digo isso a respeito do jugo suave que o Senhor nos promete, mas sim a respeito do convencimento do pecado. A Igreja de hoje, muitas vezes, tem apresentado ao ímpio apenas as bênçãos de Deus, como fosse uma propaganda do programa de milhagens do Cartão Crédito da Oração.
Nesta relação de troca, existe a busca por prosperidade financeira, pela cura para enfermidades e de problemas sentimentais e amorosos, todavia, este tipo de abordagem tem gerado “crentes” que vêem Deus como um banco, um hospital e às vezes, até mesmo como um livro de auto-ajuda. Não conseguem enxergá-Lo como seu Senhor e nem ao menos como Salvador de suas vidas. É claro que os problemas pessoais podem ser fontes de aproximação ao evangelho, entretanto, será que nossa função é apresentar um sistema de resolução para seus problemas ou a de apresentar o nosso Deus como o Senhor do Universo?
Deus realmente pode todas as coisas, em João 1:3 vemos que todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele, nada do que foi feito se fez. Vemos ainda em Hebreus 11:3 que Ele, pela Sua palavra, criou os mundos e o visível que não foi feito do que podemos ver. É obvio que Ele pode melhorar a vida de qualquer pessoa, mas será que esta é a mensagem que devemos pregar? Será que as bençãos não devem ser conseqüências de uma vida de obediência à Cristo? Será que nos esquecemos o que Deus tem falado através de seus profetas em sua Palavra?
Essencialmente, através da narrativa bíblica, Deus tem chamado os gentios ao arrependimento. Ainda hoje nos fala como disse a Jonas no capítulo 1 v. 2 “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença”, pois existe hoje alguma diferença entre nossa sociedade e Nínive?
Eis que, em sua época “apareceu João Batista batizando no deserto, e pregando o batismo do arrependimento, para a remissão dos pecados” (Mc 1:4) e colocando a Cristo como redentor da humanidade proclamando “... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 29:1b). João Batista levantou-se fazendo a sua vez como profeta, e por ser fiel à sua tarefa foi considerado por Jesus o maior entre os Homens (Lc 7:28). É claro que muitos deviam chamá-lo de louco, pois andava vestido em pelos de camelo, comia gafanhotos e mel silvestre. Ainda assim, foi ouvido na província da Judéia e em Jerusalém, e estes iam até ele para confessarem seus pecados e serem batizados no Jordão.
Será que hoje somos obrigados a pregar outro evangelho devido à pós-modernidade ou que tornamos tão prepotentes a ponto de apresentar um evangelho de amenidades na esperança de ajudar a Deus? O Salmo 51:13 diz que “Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a Ti se converterão” e em Tiago 5:19,20 “Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados”.
A verdadeira conversão de um Crente vem do arrependimento e não da busca por bençãos. Na concordância da bíblia Thompson, a palavra converter arremete à arrepender-se e logo abaixo nas referências citadas, a palavra tem este mesmo sentido. A pré-condição para a verdadeira conversão é o arrependimento. Vejamos o episódio da cura do paralítico, antes de operar o milagre Jesus perdoa os pecados do paralítico, na seqüência temos um adorador glorificando a Deus (Lc 5:17-26).
Não nos abstenhamos de buscar o poder de Deus para a Igreja e suas bençãos, mas não tenhamos isso como tema central de nossa vida Cristã. Nos esforcemos pregando o arrependimento e a Cristo como fonte de perdão dos pecados para Salvação, tendo como base a obra que Ele tem desempenhado em nossas vidas.
“E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra” (Dt 28:1).

Luciano Seraphim Gasques

sexta-feira, 11 de julho de 2008


EBF: “ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIAS”!


A EBF é um roteiro, que estamos tentando proporcionar às crianças de nossa cidade. Em quatro anos de existência, na cidade de Umuarama, a Igreja Batista Nova Canaã realiza sua terceira EBF (Escola Bíblica de Férias). Alegremente, procuramos desenvolver nestes dias um programa interativo e descontraído para as crianças que participam. O tema dessas férias é: “Eu e minha casa serviremos a Deus”!


A partir da proposta e através de uma linguagem apropriada aos participantes, passaremos valores éticos, princípios morais e cristãos. Utilizaremos um método atrativo e muito bem planejado pelos professores, onde as crianças descobrem o valor do próximo e de si mesmas. Essas descobertas permitem a criança uma construção de vida profissional, emocional e espiritual, sem desdenhar do próximo (procurando amá-lo!); Viver o presente, sabendo que o Reino de Deus é implantado dentro de nós (através de um novo modo de viver!); Olhar para o futuro, na esperança de uma justiça justa de um juiz eterno (sem o terrorismo apocalíptico!).


Enquanto Igreja Batista Nova Canaã, nos preocupamos com as crianças sem interesse financeiro (elas nada podem nos oferecer), apenas desejamos fazer nossa parte enquanto instituição, que tem como propósito “Alcançar e Integrar Pessoas a Família de Cristo”! Desejamos sim, apresentar um cristianismo menos religioso e mais eficaz! Um cristianismo mais humano e menos cheio de truques e interesses mercenários! Um cristianismo onde continuamos ser gente (humano passivo de erros).


Queremos com amor e lealdade, fazer jus as palavras de Cristo quando disse: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus....”! Longe de nós impedi-las, por isso a EBF desse ano aborda como eixo fidedigno o individuo como canal ou agente transformador de uma casa que serve a Deus. Por amor a seu filho, à sua casa e família, incentive-o a participar. Foram distribuídos mil convites em vários colégios de Umuarama, ainda que seu filho não tenha recebido, traga-o!


Nossa satisfação, não está em contar as histórias pelos fantoches, nem nos trabalhos manuais, muito menos nos áudios-visuais ou quem sabe nos lanches distribuídos gratuitamente. Nossa satisfação está unicamente em ver seu filho bem com o próximo, com Deus e principalmente com a família. Comprometa-se em trazer seu filho nos dias 11 e 12 de julho das 13h30m as 17h30m, e participe conosco do encerramento da EBF dia 13, domingo as 19h30m. Com carinho, dedicação e muito amor nossos professores cuidarão de seu filho, e certamente ele comentará com você o que aprendeu nesses dias.


PROGRAMA
CONTEÚDO:
1. História Mt. 7. 24 – 28;
2. História de José;
3. História da Família Restaurada;
METODOLOGIA:
1. Narrar as histórias de modo ilustrativo;
2. Fixação das histórias através de trabalhos manuais e músicas.
RECURSOS UTILIZADOS (RAVES):
1. Fantoche; Dedoche;
2. Pintura; Colagem;
3. Teatro; Danças;
4. Vídeos; pincéis e tintas;
5. Flanelógrafo e Projetor multimídia.



Sola Gratia!
No amor daquele que ama...
Ytamar Wagner Raymundo.
Correção ortográfica: Ana Santos

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Neognosticismo


Parte da igreja contemporânea passa por momentos semelhantes à época da apostasia papal. Atualmente tornou-se comum ouvir expressões como: "eu determino", ou "eu tomo posse", e até mesmo "eu exijo". Assim como os gnósticos, hoje há muitos que interpretam as escrituras como lhes convém.
Não é difícil fazer uma analogia dos dias atuais com os da reforma protestante. A venda de indulgências, e a simonia, foram motivos fortes para romper com a Igreja Católica da época. Devido à corrupção do clero, herança da apostasia papal, surgiu um forte desejo de voltar ao caminho certo, através da livre e Cristocêntrica interpretação da Bíblia.
Justamente este período histórico da reforma protestante está associado com a carta à igreja de Filadélfia, para qual não há nenhuma repreensão, apenas uma virtude ressaltada: a sua fidelidade e firmeza na palavra (Apocalipse 3.7-13). Doutro modo a igreja de Pérgamo encontra-se em um mal ambiente, no qual tolera-se doutrinas erradas e heréticas.
Como a igreja de Pérgamo, estão os que ensinam as doutrinas de Balaão, lançando tropeços para o povo, e como os nicolaítas, que dominam sobre o povo leigo (Apocalipse 2.12-17).
É necessário deixar de lado a neossimonia[1], das “rosas ungidas”, o pagar para passar embaixo de “arcos com poderes especiais”. Chega de interpretações gnósticas, que tornam as promessas da palavra em escambo de fé.
Que como os reformadores, possamos interpretar as escrituras de maneira que, encontremos nela a perfeita vontade de Deus para nossas vidas, como está escrito em I Timóteo 4.16: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.”

André Santos

[1] Segundo o Site. http://pt.wikipedia.org/wiki/Simonia. Simonia é a venda de relíquias falsas em troca da realização de um ofício divino. A etimologia da palavra provém de Simão Mago, personagem referido nos Atos dos Apóstolos (8, 18-19), que procurou comprar de São Pedro o poder de transmitir pela imposição das mãos o Espírito Santo ou de efectuar milagres.

sábado, 5 de julho de 2008

Lágrimas e Caligrafia


Saiba que cada letra está molhada de gotas de café e lágrimas. Talvez você não o perceba e quiçá imagine que seja uma demonstração pietista de alguém que esteja tentando usar a caligrafia para desenvolver um rascunho cheio de dramaticidade. Pois bem, saiba que a emoção residida nessas mãos jovens cujos movimentos teceram este crochê de palavras, tem por motivo o reconhecimento da felicidade advinda da gratidão. É nada mais do que o descobrimento deste simples fato: o sorriso sucede o “graças à Deus”. Eis a vida em abundância: viver e agradecer pela Graça de Deus.
Esqueça a interpretação de que o termo abundância está relacionado à prosperidade material ou espiritual, aliás, isto é uma mesquinha propaganda que tornou-se propósito de adoração daqueles que anseiam pela sorte grande na fé.
O importante é que a vida abundante proporciona Paz cuja permanência está longe de ser destituída por angústia ou desespero que o valha (Jo 14:07). Esta sensação de bonança cria uma maravilhosa fraternidade condicionadora de situações como estas: amigos que presenteiam outros com cesta básica, um par de sapatos, três pares de meias Everlast e um agasalho ou líder que, mediante sadios conselhos, revigora a auto-estima de seu companheiro.
Bom, estes casos ocorreram comigo, talvez com você seja outras hipóteses como uma boa saúde, uma guinada na profissão, reconciliação no lar ou considerável paciência em ler este escrito. Em suma, em tudo e por tudo, em cada ganho, simples ou grandioso, podemos respirar fundo, aliviados, conscientes de que o núcleo das nossas vidas é a fé vencedora(I Jo 5:4); a fé genuína que impulsiona a escalar a montanha independente do frio, dos ferimentos ou das pedras escorregadias.
A rica compreensão da vida como um milagre gera o amadurecimento necessário para que os momentos difíceis sejam encarados, vividos e superados. No fim, tudo se torna história para ser contada em rodas de churrasco ou nos cultos de oração. De certo, a caminhada ao lado de Jesus é um prêmio incomparável em relação a qualquer outra congratulação, pois, na presença Dele os troféus na estante simplesmente derretem.(Fl 3:7)
A felicidade, digo a real felicidade, provém da compreensão de que as experiências, sejam difíceis ou agradáveis, contribuem indelevelmente para o crescimento e aprendizagem, sem os quais, jamais chegaremos à estatura e varonilidade de Cristo (Ef. 4:13). Uma verdade lógica que custa ser entendida.
Portanto, faço questão de misturar lágrimas e letras simplesmente por sentir a gratidão de viver, de receber auxílios, de sorrir, de andar descalço, de olhar a vitrine e não comprar nada, de já ter tomado banho no tanque de lavar roupas, de acordar de manhã e cantarolar Elvis Presley, de apanhar e ser curado, de orar e ser consolado, de amar e ser amado. Oro para que Deus possa nos dar força, independente da mesmice no cotidiano, para reconhecer e agradecer pela dádiva da vida.

“Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. É possível que Deus
todas as manhãs diga ao sol: “Vamos de novo”; e todas as noites à lua: “Vamos de novo”. Chesterton – Ortodoxia.

Junior Pereira



sexta-feira, 4 de julho de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O JESUS DAS GENTES


Jesus nunca deixou o palco das imaginações.
Mesmo que o profeta Isaías tenha revelado que Jesus não tinha nada de tão especial ou impressionante demais (Isaías 53:2), gostariamos que Ele incorporasse a imagem de um principe grego. Queremos o Jesus loiro, de olhos verdes, todo brilhante e que por onde pisa nascem brotos de lindas flores. (Esse pensamento é condizente com a descrição da deusa Amaterasu, personagem do folclore japonês). Exorcizar esse estereótipo é uma tarefa pouco fácil em virtude de que, nada é tão frustrante do que a quebra dos deliciosos paradigmas românticos que nos levam a imaginar um Messias holywoodiano ou uma espécie de Brad Pit judeu. De fato, é impossível que a bela aparência que criamos, em razão da ausência de exata identidade, tenha alguma conexão com o perfil de um judeu do primeiro século: pele morena- curtida pelo sol, provavelmente barbudo, rosto largo, mãos calejadas, roupas andrajosas e cabelo grosso. Um tipico nazareno caipira. Pouco sedutor ou formoso. Mas, não!!!. Não queremos um Jesus assim, Por favor, diga-nos que Cristo era bonitinho...diga pelo menos que ele tinha um certo charme que acompanha os mestres ou autoridades. Não. Nem charme, nem formosura. E sim, a simplicidade personificada. Nada mais, nada menos.
As imagens de Cristo sempre acompanharam a ideologia de cada época, sendo ela, o cardápio que alimenta a justificativa religiosa nos movimentos políticos. Na revolução sexual da década de 60, Jesus era um hippie. O líder do LSD, do amor livre e das músicas psicodélicas que embalavam toda uma juventude aos estágios de transição. Jesus era radical, comunista. Ele era o líder que combatia o capitalismo maligno e o poder bélico que impulsionava a guerra do Vietnã. Ele era o Senhor da Paz, o Libertador que usava roupas feitas à mão, cabelo encaracolado e ainda tocava guitarra Fender. Woodstock era o seu reino estabelecido. (o filme Jesus Superstar é o quadro perfeito que amolda a concepção da época).
O Jesus da Idade Média (desculpe não estou usando uma linha cronológica correta) era o um velho de olhos empapuçados, de barba pontuda e sisudo. O Super Policial dos Céus, pronto para julgar e punir qualquer um que ousase pular a cerca. Jesus era o Imperador e não deveria ser desrespeitado em hipótese alguma. Um Senhor chato, sem simpatia e que vendia alguns terrenos celestiais em troca de moedas de ouro (prática da Igreja Católica Romana do século XV). O Jesus mercantilista e megero.
Bom, se fossemos analisar em retrospecto todos os conceitos e padrões estabelecidos em relação à Jesus, iríamos ver várias fotos Dele no albúm das concepções humanas: Jesus em seu momento socialista com um charuto na boca e com uma boina vermelha na cabeça, depois em seu momento rebelde com o cabelo desgrenhado e de óculos escuro e depois... Por esses estereótipos estaríamos negligenciando a verdade biblíca que expressa o avesso das imagens que usamos com tanta frequência. Em relação a isto, são perceptíveis os ecos de Blaise Pascal: "Deus criou o homem segundo sua imagem e semelhança. O homem fez o mesmo com Deus." (Pensamentos. Martin Claret, 2006.)
Nos momentos românticos da adoração cristã, Jesus pode assumir várias formas conforme a dança dos pensamentos, todavia, sabemos que os vislumbres revelados nas Escrituras Sagradas jogam um balde de água fria nos hormônios da fértil imaginação humana. Conclui-se a partir do relato do profeta Isaías que, o Messias facilmente poderia passear incólume entre a multidão dada a sua aparência tão comum como a de qualquer outro cidadão. À exceção disto, a revelação em Apocalipse cujo teor do Cap. 01 transmite a imagem de um Ser tão sublime que as descrições metafóricas pintam um quadro completamente diverso de todas as concepções a respeito de Cristo, expondo Glória e Supremacia de um Ser que jamais pode ser embalsamado em esculturas ideológicas.
O que importa é que não importa. Explico: Jesus sempre terá relevância mesmo com sua origem e vida contraposta à qualquer especulação de grandeza. Ele continuará sendo Adorado, Amado, estudado e Buscado. Pelo menos em relação à Jesus, a aparência não pesa em nenhum aspecto. Que bom seria se essa regra estende-se ao relacionamento à dois.
Junior Pereira.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Somos igreja, temos que adorar.

Louvar a Deus não é um remédio patenteado da igreja, uma regra ou fórmula mágica para o sucesso, é um modo de vida firmado na Palavra de Deus, ou seja, se louvarmos a Deus pensando em alcançar seus benefícios, estamos nos enganando, porque o louvor é exclusivamente para Ele. Então, precisamos louvá-lo pelo o que Ele é, pois quando louvamos com sinceridade e singeleza de coração, algo acontece em nossas vidas, nos tornamos mais íntimos Dele. Em João 4:23 está escrito: “Mas à hora vem, e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai a tais procura que assim o adorem”.
O Senhor está à procura de adoradores que o adorem em espírito e em verdade, no entanto o conceito de adoração da “igreja mística” está raso, limitado a ritmos, danças e músicas, mas adoração é algo muito mais profundo. O apóstolo Paulo, em Efésios 4:3-7, fala da verdadeira unidade na adoração a Deus e ele afirma que o Espírito Santo de Deus cria uma atmosfera de adoração, propiciando a coesão da igreja no ato de adorar.
A igreja, infelizmente, tem perdido o sentido da verdadeira adoração, onde a reverência, o temor e o respeito à palavra de Deus fica, muitas vezes, à margem. O fato é que, igreja que não adora é uma igreja fraca, triste, mas Deus não quer que sua noiva esteja nessa posição, todavia, Ele espera que a igreja se volte à sua doce palavra, porque tudo começa com ela. Portanto, a adoração antes de nascer em nosso coração, nasce primeiro em nossa mente, quando nos alimentamos da palavra de Deus, e por isso, sem palavra não há verdadeira adoração.

Por: Jeander Junior Raimundo